Alguns comentários à entrevista de Jorge Santana da Silva, candidato do PSD à CMS, publicada no Setubalense:
«O meu partido é Setúbal», «não estou vinculado a nenhum partido e encaro este projecto com total isenção», porquê tanta necessidade de se demarcar do PSD? Já Fernando Negrão gritava em alto e bom som “eu sou independente”? Porque razão os candidatos do PSD nunca são do PSD? Saberão eles alguma coisa que nós não?
Sobre Teresa Almeida, candidata do PS, diz Jorge Santana que está «Inevitavelmente, ligada à desastrosa administração de Mata Cáceres. Contudo, quando for eleito, e se ela o entender, gostaria de contar com a sua ajuda», ou seja, o resultado da sua acção está à vista de todos, os resultados foram desastrosos, mas ainda assim conta com a sua ajuda.
Sobre o facto do anterior cabeça-de-lista do PSD não ter aceitado recandidatar-se, diz: «Dr. Fernando Negrão é um homem experiente, com uma carreira exemplar, e certamente decidiu de acordo com estes princípios», o que significará esta afirmação? Que um homem experiente e com carreira exemplar não se candidata à Câmara Municipal? Que um homem experiente e com carreira exemplar não aceita convites do PSD? Fico na dúvida.
Relativamente ao facto de ter sido Presidente do VFC: «É uma vantagem ter sido presidente do Vitória, no sentido que os vitorianos e os setubalenses atentos perceberam a minha idoneidade», longe de mim colocar a idoneidade de Jorge Santana em causa, mas que marcas deixou no Vitória? E como se conjuga este facto com as declarações de Paulo Calado, Presidente da Concelhia Social-Democrata, sobre Carlos Costa e a possibilidade deste ser o cabeça de lista, levantada pela Distrital do PSD, afirmando a necessidade imperativa de não misturar futebol e autarquias? Parece estranho, mas para o PSD talvez não.
Já esta afirmação: «É com o mesmo espírito que abordo a candidatura à CMS, combatendo os interesses negativos instaurados, desde os políticos aos partidários, e aproveitando quem de boa fé queira ajudar a desenvolver esta autarquia de acordo com os nossos objectivos», é poesia pura, demagogia em estado bruto, o político, o candidato, o cabeça-de-lista de um Partido que ataca a política e os Partidos. Ficamos a saber que, para Jorge Santana, políticos como ele e partidos como o PSD são interesses negativos instalados que importa combater.
Um parolo ao ataque
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