Desde a sua apresentação como cabeça de lista, para além das justificações da sua candidatura pelo PSD, não registei qualquer ideia, qualquer proposta, qualquer pensamento sobre o concelho.
Até hoje, em que ao ler uma notícia publicada no Setúbal na Rede, deparo-me com o seguinte relato: Jorge Santana da Silva, por sua vez, critica “o exagero de espaços verdes, questionáveis do ponto de vista da manutenção, que roubam estacionamentos” .
Num momento em que por todo o mundo se procuram soluções para afastar o trânsito do centro das cidades e promover lógicas de mobilidade assentes no transporte público, em amplos espaços pedonais, visando a melhoria da qualidade de vida nas cidades, em Setúbal, o PSD e o seu candidato (também temos conhecido posições semelhantes por parte do PS e dos seus eleitos), batem-se fortemente por trazer mais carros para o centro de Setúbal, defendendo mais estacionamento, considerando espaços verdes e pedonais como desperdícios.
Para Jorge Santana, como para os actuais vereadores do PSD (e também do PS), Setúbal deve ser uma cidade de condutores e não de peões, uma cidade de gente que se move de forma motorizada, sem direito a caminhar e desfrutar do espaço público fora da carroçaria do seu automóvel, porque o espaço público deve ser um enorme parque de estacionamento.
Soluções equilibradas, que apontem caminhos, que comecem a promover mudanças nos hábitos de locomoção na cidade, essas são sempre fáceis de criticar e de deitar abaixo.
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